A REALIDADE DO SER HUMANO

A realidade do ser humano é muito simples, um dia está vivo, no dia seguinte, já cá não está. Para uns é a dura realidade, para outros é simplesmente a vida. Um pintor surrealista dizia no fim da sua vida que as pessoas inteligentes não deviam morrer. Nem mesmo a sua arrogante indignação o livrou. A luta contra a morte é o desafio do ser humano. Cada um à sua maneira vai tentando iludi-la. Mesmo com as novas descobertas da ciência, mesmo com o aumento da média de vida, todos sabem que chegará o dia que será diferente do anterior. A eternidade é algo com que todos aspiram. Uns contentam-se em saber que depois deles outros cá ficam. Alguns mais exigentes julgam que ganham a eternidade pelos filhos. Outros julgando-se mais avançados sonham em deixar clones. Outros julgam que os bens que deixam serão a garantia da continuidade, sabe-se lá de quê. Muitos, em todas as épocas, já olharam para um cemitério e certamente pensaram: Será que a existência acaba num local como este? Será que a vida como a conhecemos termina quando o corpo deixa de funcionar? Haverá mais do que isto? A questão existencial está intrinsecamente ligada com a da perspectiva do post-mortem. A angústia da incerteza do que acontece depois é algo com que todas as civilizações têm de lidar. Cada uma à sua maneira tentaram acalmar as angústias do povo. A preocupação com o que se encontrará após a morte é quase tão importante como a necessidade de saber que no dia seguinte se terá provisões. Esta necessidade de segurança pode levar qualquer sociedade a cometer as maiores das loucuras. A segurança é uma necessidade tão importante como o de manter o corpo. O ser humano gosta de se sentir seguro nas áreas que considera vitais e estas variam conforme os indivíduos. Uns gostam de saber que no outro dia terão com que se alimentar. Outros gostam da segurança do emprego, preferem ganhar menos com o emprego seguro, do que serem bens remunerados em empregos de risco. Outros hipotecam a privacidade em nome de uma pseudo-segurança. Resumindo, a questão está no medo do futuro mesmo que este seja já o dia seguinte. As descobertas cientificas, libertaram os humanos da insegurança da falta alimentar. Hoje é possível produzir alimentos em quase todas as circunstâncias e em quantidade suficiente para todo o planeta. Com as novas descobertas da ciência é possível dormir-se descansado pois o Sol vai aparecer no dia seguinte. Esta certeza nem sempre foi possível no passado. Os oportunismos dos religiosos, agravados com o proliferar dos negócios do ocultismo e também com as negociatas dos religiosos, colocaram sob suspeita tudo o que é transcendente. Estas circunstâncias ajudaram a desenvolver as filosofias que começaram a surgir no século XVII e hoje muitos acreditam que os humanos são o centro do universo e que estão a evoluir para um patamar metafísico superior ao actual. Mesmo esta religião evolucionista, não só, não dá resposta à realidade, agravando ainda mais o desassossego ao criar o desconforto da não existência. Todas as dúvidas, todas as explicações, todas as doutrinas são incorrectas no entanto são legítimas, pois sendo eternos, num corpo de duração limitada é natural que a parte espiritual obrigue a mente a pensar mais além do que os sentidos alcançam. Somos eternos, na medida em que já éramos conhecidos de Deus, antes da nossa existência. Há muito mais vida do que o melhor optimista imagina. Será um desperdício de energia cósmica se a existência humana fosse limitada à passagem por este planeta. Será um desperdício de existência, uma vida dedicada à mesquinhes do dia a dia, da sobrevivência pela nutrição, pela busca continua da satisfação pelo prazer, que nunca é saciado. Será um desperdício de tempo a luta incessante pelo reconhecimento, seja familiar, pessoal ou profissional. Será um desperdício de vida, passar o tempo a cogitar no que é que se anda cá a fazer. A eternidade faz parte do nosso ser, por isso a constante insatisfação de não se conseguir compreender como alcançá-la. O nosso íntimo tem um vazio do tamanho da eternidade, que só poderá ser cheio com a presença de Deus, e essa presença só será alcançada através de Jesus Cristo, pela chamada do Espírito Santo. Deus é um cavalheiro, não obriga ninguém a viver a eternidade na sua glória, embora seja esse o seu desejo. Ninguém nasce predestinado para o destino eterno, a escolha como se vai viver é individual. A vida é uma continuidade, aquilo que chamamos de morte é apenas uma das muitas etapas e deve ser encarada com todo o conhecimento possível. Embora seja um passo importante não é o mais importante. A decisão mais importante de uma vida, é aquela, ainda do lado de cá, se decide como se vai viver do lado de lá. A morte não é um mito, nem deve ser um tabu. É uma realidade tão natural como o nascimento. A morte é como uma escala, só se muda é definitivamente de comandante. É o assumir de uma vez por todas da opção feita no presente e passar-se a viver eternamente com o presente de hoje. Pode-se viver a eternidade lutando com todos os medos do presente e sofrendo com as preocupações com que se vive no presente. O sofrimento será viver toda a eternidade sabendo que nunca se será saciado, que nunca se será estável emocionalmente, que nunca se poderá confiar, que nunca se terá paz, que nunca mais se verá luz, que nunca se terá segurança, que nunca se encontrará a justiça, que nunca se cruzará com a bondade, que nunca se ouvirá um riso, que nunca se terá futuro. Viver assim em sofrimento será a realidade eterna de uma escolha. O futuro, a realidade é escolhida hoje, o alvo é a eternidade usufruindo de todos os privilégios da companhia e da amizade do Eterno. Junto a Ele o futuro será a estabilidade, a certeza, a paz, o amor, a alegria, a luz, o colorido. Viver assim em felicidade será a realidade eterna de uma escolha. Já conheces as opções, sofrimento ou felicidade. Não precisas de fazer grande coisa, basta dizeres sim, eu quero. Sim, quero que Jesus seja o caminho para a minha felicidade. Sim que que Jesus seja definitivamente o comandante. Sim quero viver eternamente com a felicidade que encontrei aqui, em Jesus Cristo.
Alexandre Reis
Para algum esclarecimento contactar através do e-mail: blog.terradosreis@gmail.com

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